quarta-feira, 18 de maio de 2011

Livro que ando lendo!

SINOPSE –

Arthur Alforjes é um artista talentoso, bonito, divorciado, jovem e bem resolvido financeiramente.
Adelaide é uma adolescente de personalidade forte, intensa e que leva uma vida confortável.
Arthur e Adelaide são pai e filha. Um pai e uma filha vivendo juntos e sozinhos, aprendendo aos trancos e barrancos como lidar com a própria interdependência, como manter saudáveis as conexões com o mundo exterior e como conviver de maneira tranquila com a deficiência visual.
Encontramos o Gato Verde é um diário, dividido em três partes, no qual a dupla supracitada se propõe a compartilhar algumas das suas experiências mais particulares, tendo por objetivo a melhor compreensão daquilo pelo que passaram. Ambos, de maneira aberta, escrevem sobre suas perdas, suas conquistas, temores e ousadias. Além disso, discutem tabus como preconceitos velados e sexualidade.
Adelaide, a despeito do universo encapsulado que habita, descobre-se frágil, suscetível a riscos e ferimentos de fato. Ao longo de sua primeira infância, a garota vê-se rotulada como uma criança diferente, vê-se vítima da visão subnormal, coisa que, segundo ela mesma, é muito mais complicada de explicar do que a cegueira completa.
Arthur, antes ego-centrado, de repente, passa a enxergar, dentre seus instintos mais arraigados, uma paternidade superprotetora, quase maternal. E contra ela, declara uma guerra cotidiana, silenciosa, porém, não menos dolorida e culpada.
Este projeto, um pequeno projeto de uma pequena família, não possui didatismos, nem mesmo se pretende politicamente correto, quer apenas demonstrar que não existem portadores de necessidades especiais. Afinal, as necessidades básicas de qualquer um, seja o sujeito deficiente ou não, são sempre iguais.

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