Eu estou com raiva, com muita raiva! Assassinaram uma gatinha que apareceu na varanda aqui de casa faz alguns dias. Ela era linda, olhos azuis e muito carente. Não posso fazer acusações, para variar. A covardia é incrível! Fico me perguntando como é que alguém consegue deitar e dormir.
Essa criatura preparou o veneno, armou o seu plano, arquitetou a morte. Então deu as costas e esperou, esperou e não pensou na dor que provocou, não pensou na crueldade que promoveu. Que grande mal terá feito uma pequena gatinha? Nasceu, por certo. Riscar o carro? Sinceramente, cinquenta mil reais vale a alcunha de matador? Para muita gente, parece que sim. Rasgar o saco de lixo é razão bastante para que se morra? Pelo visto, há quem tenha uma resposta positiva para esta questão.
As pessoas selecionam o seu afeto. Tudo bem amar o meu cãozinho, ele é melhor que os outros animais, ele é meu. Acho que é assim que funciona as cabeças quadradas dos meus vizinhos.
Entretanto, vislumbro um consolo, a lei do retorno existe, e nisso eu acredito. E espero que nenhum desses me venha com essa de, pelo amor de Deus em qualquer situação futura. Eu, ateu, não tenho coragem para tamanha maldade, eu, sem religião, não sou desse tipo de covarde, eu, um homem sem fé, não sou assassino de bichos indefesos.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Tradução livre de SKYLINE PIGEON - John&Taupin
Quero me libertar de suas mãos,
Quero voar para longe.
Assim, por sobre campos verdes, árvores, montanhas,
Flores e nascentes,
Voltaria para casa pelos caminhos do céu.
Neste quarto escuro, onde me encontro, solitário,
Há uma assombração carregada de tristeza.
Enquanto isso, meus olhos refletem o mundo lá de fora,
Vejo e sinto como o vento, facilmente, muda de direção.
Então, as tais sombras, de púrpura, passam a cinza
Sob as vistas de um pobre pombo, vindo do limite do horizonte,
Que sonha com o ar livre,
Que sonha com o dia em que será capaz, novamente,
De abrir as asas e alçar vôo.
Voe para longe, Pombo vindo do horizonte,
Vá de encontro aos sonhos que uma vez deixou para trás.
Só quero acordar de manhã e
Sentir o cheiro do mato recém cortado,
Só quero rir e chorar, viver ou morrer
Ao sabor da luz do dia.
Eu quero ouvir os sinos distantes das igrejas cantarem,
Mas acima de tudo, por favor, quero que me liberte dessas doloridas amarras,
Quero que abra a gaiola na direção do Sol,
Abra para este pobre Pombo, vindo do limite do horizonte,
Que sonha com o ar livre,
Que sonha com o dia em que será capaz, novamente,
De abrir as asas e alçar vôo.
Voe para longe, Pombo vindo do Horizonte,
Vá em direção às coisas que uma vez deixou para trás.
Quero voar para longe.
Assim, por sobre campos verdes, árvores, montanhas,
Flores e nascentes,
Voltaria para casa pelos caminhos do céu.
Neste quarto escuro, onde me encontro, solitário,
Há uma assombração carregada de tristeza.
Enquanto isso, meus olhos refletem o mundo lá de fora,
Vejo e sinto como o vento, facilmente, muda de direção.
Então, as tais sombras, de púrpura, passam a cinza
Sob as vistas de um pobre pombo, vindo do limite do horizonte,
Que sonha com o ar livre,
Que sonha com o dia em que será capaz, novamente,
De abrir as asas e alçar vôo.
Voe para longe, Pombo vindo do horizonte,
Vá de encontro aos sonhos que uma vez deixou para trás.
Só quero acordar de manhã e
Sentir o cheiro do mato recém cortado,
Só quero rir e chorar, viver ou morrer
Ao sabor da luz do dia.
Eu quero ouvir os sinos distantes das igrejas cantarem,
Mas acima de tudo, por favor, quero que me liberte dessas doloridas amarras,
Quero que abra a gaiola na direção do Sol,
Abra para este pobre Pombo, vindo do limite do horizonte,
Que sonha com o ar livre,
Que sonha com o dia em que será capaz, novamente,
De abrir as asas e alçar vôo.
Voe para longe, Pombo vindo do Horizonte,
Vá em direção às coisas que uma vez deixou para trás.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Há Quem Use
Há quem use uma bengala tátil para ir aonde se quer. Há quem use uma cadeira de rodas, há quem use um par de muletas, há quem use uma prótese em lugar do pé, pois deste modo, pode-se ir aonde se deseja.
Há quem use uma peruca para disfarçar o excesso de testa que foi confiado a sua cabeça. Há quem use uma dentadura para morder a maçã.
Há quem use a ioga para aliviar as tensões, há quem use, para tanto, o futebol. Há quem use a maconha, há quem use o sexo, há quem use a masturbação...
Então, o que vale, é saber pintar estrelas no muro para, enfim, ter o CÉU ao alcance das mãos.
Baseado na obra de Helena Kolody
Há quem use uma peruca para disfarçar o excesso de testa que foi confiado a sua cabeça. Há quem use uma dentadura para morder a maçã.
Há quem use a ioga para aliviar as tensões, há quem use, para tanto, o futebol. Há quem use a maconha, há quem use o sexo, há quem use a masturbação...
Então, o que vale, é saber pintar estrelas no muro para, enfim, ter o CÉU ao alcance das mãos.
Baseado na obra de Helena Kolody
Assinar:
Postagens (Atom)